CBTD 2025: 10 Tendências Estratégicas Que Estão Moldando o T&D

O CBTD 2025 celebrou sua 40ª edição com um evento de grande impacto — mais de 8 000 profissionais, 100 expositores e diversas salas de experiências práticas. O tema “Legado: Inspirações do Passado Transformando o Futuro” guiou uma programação que equilibrou tradição e inovação.
Com foco na aprendizagem corporativa como motor de transformação humana e organizacional, o evento revelou caminhos para o futuro do T&D. A seguir, confira 8 tendências relevantes identificadas durante o congresso — todas ancoradas em conteúdos apresentados e discutidos por especialistas, empresas e players do mercado.
1. Inteligência Artificial como aliada estratégica do T&D
A IA generativa dominou o CBTD. De plataformas com personalização automatizada de trilhas de aprendizagem até ferramentas preditivas para análise de desempenho, ficou claro que a IA já é realidade no T&D das empresas. Algumas apresentaram soluções com IA embarcada capazes de:
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Diagnosticar gaps de competência em tempo real
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Recomendar conteúdos individualizados
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Gerar PDIs automatizados
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Criar microlearning com base em prompts de IA
A inteligência artificial está deixando de ser uma “tendência” para se tornar infraestrutura da aprendizagem corporativa.
2. Neurociência aplicada à aprendizagem
A palestra da americana Britt Andreatta, referência mundial em neurociência aplicada à aprendizagem, foi um dos grandes destaques. Ela demonstrou como gatilhos emocionais, contexto e segurança emocional afetam diretamente a forma como aprendemos.
Em outras sessões, temas como ansiedade, fadiga mental e plasticidade cerebral reforçaram a importância de pensar no sistema nervoso como parceiro no design instrucional.
3. Realidade Virtual e Aumentada no treinamento corporativo
Além da IA, tecnologias como realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) foram apresentadas como ferramentas viáveis para simulações de alto impacto. Cases mostraram como grandes empresas têm usado VR para:
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Treinar soft skills com mais retenção emocional
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Simular situações críticas de atendimento ou segurança
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Reduzir tempo de treinamento com experiências imersivas
Segundo especialistas, o uso de VR pode gerar aumento de até 275% na confiança dos colaboradores antes de enfrentar situações reais, e quatro vezes mais rapidez no aprendizado, como já observado em programas da PwC e Walmart.
4. Microlearning e gamificação para times híbridos
As soluções de microlearning se consolidaram como uma resposta prática à sobrecarga de informação. Já a gamificação, integrada às trilhas digitais, serve como combustível para engajamento e reforço positivo.
Casos reais mostraram como empresas têm usado desafios, rankings e feedbacks rápidos para treinar competências como comunicação, liderança e foco no cliente — com ótimo resultado em times híbridos.
5. Mentoria intergeracional como cultura organizacional
O compartilhamento de conhecimento entre gerações surgiu como uma estratégia que vai além do desenvolvimento de talentos. Programas estruturados de mentoria reversa e cruzada criam pontes entre a experiência e a inovação, além de gerar pertencimento, troca e retenção.
É um modelo que transforma a cultura de aprendizagem em um ativo estratégico da organização.
6. Dados, indicadores e ROI no centro do T&D
Mensuração de impacto foi uma das palavras mais repetidas nas plenárias. Empresas que integram dados de engajamento, performance e aplicação prática já estão posicionando seus programas de T&D como geradores de valor tangível para o negócio.
As ferramentas de LXP e analytics ganham protagonismo ao permitir uma gestão mais inteligente e orientada por indicadores.
7. Segurança psicológica como pré-requisito para aprender
Para que o aprendizado realmente aconteça, é preciso que os colaboradores se sintam seguros emocionalmente para errar, perguntar, refletir e experimentar. Diversas sessões do CBTD reforçaram a relação entre segurança psicológica e aprendizagem eficaz.
T&D e RH têm papel fundamental na criação de ambientes que valorizem escuta ativa, empatia e confiança — inclusive como parte das diretrizes de bem-estar organizacional previstas nas regulamentações atuais (como a NR-1).
8. Diversidade, inclusão e bem-estar no centro das estratégias
A pluralidade de experiências, vozes e identidades foi reconhecida como parte essencial do design de programas de aprendizagem. O espaço “CBTD Diversidade” reuniu nomes como Mafoane Odara, reforçando que inclusão e empatia são competências a serem ensinadas e aprendidas — não apenas valores corporativos.
Saúde emocional, pertencimento e respeito à diversidade precisam estar integrados desde a curadoria até a entrega dos conteúdos.
9. Aprendizagem social: o poder da troca em rede
A aprendizagem social ganhou força em oficinas, rodas de conversa e grupos de trabalho, inclusive online. A ideia de que “aprendemos melhor com os outros” foi reforçada em experiências colaborativas e espaços seguros para troca, como no laboratório “Saúde Social”.
10. Estruturas Libertadoras & Action Learning
Metodologias como Action Learning e Estruturas Libertadoras se destacaram por transformar o T&D em experiências de resolução de problemas reais. Dinâmicas participativas dão protagonismo aos colaboradores e estimulam inovação na prática.
Conclusão: O T&D de 2025 é tecnológico, humano e orientado por impacto
O CBTD 2025 mostrou que não existe mais separação entre inovação e cuidado com as pessoas. Inteligência artificial, neurociência, realidade virtual, diversidade e análise de dados fazem parte de um mesmo ecossistema de aprendizagem organizacional. E claro, sempre destacando que tudo isso é feito por pessoas e para pessoas, independente da tecnologia.
O desafio agora é transformar essas tendências em ações concretas dentro da sua empresa.
Tendência | Ação prática |
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1. IA no T&D | Criação de PDIs e trilhas personalizadas com base em dados. |
2. Neurociência | Aplicar emoções e gatilhos de contexto nos conteúdos. |
3. Realidade Virtual | Usar simulações em VR para treinamentos de alta complexidade. |
4. Microlearning e Gamificação | Trilhas curtas com desafios e pontos para engajar. |
5. Mentoria Intergeracional | Conectar gerações para troca de saberes estruturada. |
6. Indicadores de T&D | Monitorar dados de engajamento e impacto com dashboards. |
7. Segurança Psicológica | Promover ambiente de escuta ativa e confiança. |
8. Diversidade e Bem-estar | Incluir diversidade como eixo de todas as trilhas. |
9. Aprendizagem Social | Estimular coaprendizagem e rodas de troca estruturadas. |
10. Estruturas Libertadoras | Usar Action Learning para engajar e resolver desafios reais. |
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